sexta-feira, 21 de setembro de 2018

BRV018. A índia do Vale da Morte

 
(Coleção Bravos do Oeste, nº 18)

Os Montes Funeral e Telescopio estavam à vista. Como pétreas sentinelas da sepultura de sal, areia, dunas e rochas, que era o deserto do Vale da Morte.
Como lúgubres e mortais sentinelas que quisessem advertir o viajante, o forasteiro, de que ali, entre as suas salitrosas areias, entre o seu fantasmagórico silêncio, se encontrava a morte.
Uma morte horrível, tanto por falta de água como por outra causa qualquer. Sentinelas mudas, mas que avisavam com a sua presença, desde grande distância, que aquilo, aquele lugar, aquela depressão infernal, não podia ser pisada pelo homem.
O cavaleiro sabia-o, também.

Cavalgava, em linha reta, na direção do Monte Funeral, debaixo de um sol de fogo, ao meio-dia. A sua direita, erguia-se, majestoso, o Monte Telescópio, formando uma enorme porta, sempre aberta, para o inferno.
Até ao Vale da Morte.
Mas o cavaleiro não o via. Não via nenhum dos montes. Não via, tão-pouco, aquela larga e plana abertura que, imediatamente, em rápida descida, o levaria por entre dunas, areias cristalizadas, blocos empedernidos de rochas, árvores petrificadas e milenárias, até à sepultura, entre montões de sal, com a boca seca, horrivelmente inchada por falta de água.
Também não pensava.
Podia dizer-se, sem receio de erro, que cavalgava como um autómato e que estava a ponto de cair da sela.
O Monto Funeral encontrava-se a menos de quinhentas jardas dele, quando uma figura apareceu a seu lado, surgindo de entre umas rochas e levando um rifle nas mãos.
Uma «Winchester», mais exatamente.
Os seus olhos, intensamente negros, olharam uns segundos o cavaleiro e logo as mãos levaram o rifle à cara. Durante uns segundos, o cano da arma esteve apontado para o meio do peito dele. Mas não apertou o gatilho.
Em vez disto, baixou o rifle e fê-lo, justamente, quando o cavaleiro deslizava, mansamente, da sela para o solo. Então, o cavalo que montava parou.
Completamente imóvel, com os negros olhos, fixos, muito fixos, na figura do cavaleiro, continuou olhando-o durante vários segundos, até que, finalmente, se decidiu.
Sem abandonar o rifle, desceu, quase correndo, por entre as raquíticas ervas e pedras, até ao lugar da sua queda.
Inclinou-se sobre ele e, com bastante trabalho, voltou-o de boca para cima. Depois, com o semblante completamente rígido, aproximou-se do cavalo. Sabendo que era impossível levantá-lo até à sela, tirou a corda do arção da mesma, prendeu-a à borraina, passou-a por debaixo das axilas do cavaleiro e começou a arrastá-lo...
Se, depois desta passagem, quer ler todo o livro pode descarregá-lo a partir daqui: A INDIA DO VALE DA MORTE.

segunda-feira, 17 de setembro de 2018

BRV014. Veneno no sangue

(Coleção Bravos do Oeste, nº 14)

A jovem Beatriz estava farta duma vida de tédio a ser assediada por ébrios num bar de Columbia, no estado de Carolina do Norte,  e decidiu partir para Oeste, terra de homens bravos, galanteadores e aventureiros. Mal sabia que iria encontrar-se com um indivíduo, um cavaleiro todo vestido de negro, que não hesitava em atirar-se a qualquer rabo de saia e enfrentar os seus maridos se estes tentassem defender a sua honra.

Mas o seu destino iria também cruzar-se com o de um rico rancheiro a quem a sua voz e o seu canto encantaram num dia em que fez uma visita ao bar de Wichita. Em pouco tempo, o rancheiro Erdman desfez-se em amabilidades com ela e acabou por lhe propor casamento.

Mais uma vez, o destino levou-a a encontrar-se com o cavaleiro de negro e a traição ensombrou de novo a sua vida. Parecia que transportava «Veneno no sangue»… Será que algo iria fazer com que alguma vez se livrasse desse estigma?

Este é talvez o melhor livro de Fred Dennis, um livro que vale a pena ler apesar do tom jocoso com que por vezes nos brinda nas palavras proferidas pelo «cavaleiro de negro».

Estrutura da obra:

01 Uma mulher quer partir para o Oeste

02 O marido traído morre ao limpar a sua honra

03 Viagem para Oeste e encontro com um cavaleiro de negro

04 Encontro romântico e armadilhado com o homem de negro

05 Duelo à moda do Oeste traz anjo da guarda ao cavaleiro de negro

06 O primeiro beijo de Beatriz… em Wichita

07 Dissertação sobre os prazeres da pradaria

08 Planos contra o homem de negro

09 Ataque falhado ao cavaleiro de negro

10 Duelo à porta da igreja traz a dor do verdadeiro amor

11 O último encontro do «cavaleiro de negro»

BRV013. Dois renegados

(Coleção Bravos do Oeste, nº 13)

Neste documento, o autor chama a atenção para a necessidade de ler as linhas dos contratos em letra pequena. Através disso, a beldade Joan descobriu que os terrenos que o pai tinha libertado para a reserva índia lhe seriam devolvidos caso estes um dia abandonassem a reserva. 

Um dia, num momento em que o caminho de ferro estava para passar por aquelas paragens e com o beneplácito dos responsáveis da aldeia ferroviária, teve a miraculosa ideia de fazer a vida negra aos índios, contratando um bando para lhes matar os bisontes e tornar a sua existência insustentável. Julgava assim que eles abandonariam o local e ela acabaria por receber a indemnização relativa à expropriação por as terras voltarem à sua posse.

O azar do bando formado em torno destes interesses foi a existência de dois renegados, um índio e um branco, que integrados no meio da outra raça acabaram por lhes descobrir, denunciar e destruir o maquiavélico plano.

«Shoshone», assim era chamado o renegado índio, ao voltar à sua terra reconquistou Nalinla e conseguiu um acto nobre perante os seus, vindo a ser reintegrado.

Está bem arquitetada esta obra de Ros M. Talbot, embora tudo pareça um pouco forçado. De qualquer forma, a escrita é agradável e o relato prende-nos do princípio ao fim. Aqui fica para leitura integral.

Esboço de ebook

Eis a estrutura da obra: